Milhares de pessoas participaram da mobilização contra o governo de Jair Bolsonaro em Porto Alegre na tarde deste sábado (29). Por volta das 15h, os manifestantes já tomavam a região do Paço Municipal, aos gritos de “Bolsonaro genocida”, “Fora Bolsonaro” e pedindo vacina para todos e auxílio emergencial para mitigar a fome e o desemprego em meio à pandemia de coronavírus. A atividade foi organizada por três frentes, centrais sindicais e movimentos sociais e populares, que estimam público de aproximadamente 30 mil pessoas.

Usando máscaras de proteção e carregando cartazes, a multidão seguiu pelas ruas centrais da cidade, incluindo a região da Orla do Guaíba, até a o Largo Zumbi dos Palmares, na Cidade Baixa, onde a manifestação foi encerrada por volta das 18h. Pelas janelas, muitos moradores manifestavam apoio ao longo do trajeto. Não houve registros de incidentes.

Além do ato na Capital, foram registrados protestos em outras 30 cidades gaúchas, como São Leopoldo, Bagé, Caxias do Sul, Pelotas, Santa Maria, Rio Grande, Osório, Tramandaí, Imbé, Santa Cruz do Sul, Bento Gonçalves, Viamão, Gravataí, Alvorada, Alegrete, Novo Hamburgo, Ijuí, Rio Grande, entre outros municípios. De acordo com a Frente Brasil Popular RS, outra manifestação já está sendo preparada para o mês de junho.

Atos pelo Brasil

Os atos deste sábado começaram ainda pela manhã, por capitais e outras cidades de todo o país. Brasília, São Paulo, Rio de Janeiro, Florianópolis, Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Salvador e Goiânia foram algumas das cidades com protestos contra Bolsonaro.

No Recife, a manifestação, apesar de pacífica, foi fortemente reprimida pela Polícia Militar, com spray de pimenta e balas de borracha. A vereadora Liana Cirne (PT) foi uma das pessoas atingidas pelo spray disparado pelos PMs. Nas redes sociais, o governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), anunciou que os policiais envolvidos na ação violenta de repressão à manifestação já foram afastados e que o caso está sendo investigado.

Fonte: Sul 21

 Foto: Luiza Castro