Diversos sindicatos no Rio Grande do Sul estão fechando temporariamente, realizando teletrabalho, restringindo horário de expediente ou impedindo circulação de público. A diretoria do Sindisindi/RS emitiu comunicado solicitando suspensão do expediente ou adoção de medidas similares. Entre os sindicatos que estão adotando medidas estão Assufrgs, Sintrajufe, metalúrgicos de Caxias do Sul e Porto Alegre, Sindipolo, Sindiserf, Sintep Vales, entre outros.
Porém há inúmeros sindicatos e entidades de classe que ainda não adotaram medidas preventivas. A greve geral agendada para esta quarta-feira, 18 de março, tornou-se virtual e substituída por lives, apitações e panelaços.
A expansão do coronavírus no Brasil é mais rápida que na Itália. Há previsão de cinco mil casos até 26 de março. Porém há um agravante: não existem testes suficientes do vírus. Portanto, há uma imensa quantidade de suspeitos sem teste no país. Enquanto isso, o presidente Jair Bolsonaro minimiza a importância da crise e até mesmo anuncia realização de festa de aniversário, mesmo com 15 casos de contaminação na comitiva presidencial que foi aos EUA. O útlimo caso comprovado é de Augusto Heleno, ministro do Gabinete de Segurança Institucional.
"Diante desse quadro, a melhor atitude é fechar os sindicatos e dar exemplo para suas categorias. Não adiante criticar o presidente por adotar atitudes de pouca relevância e manter as portas dos sindicatos abertas com trabalhadores indo e voltando de ônibus e propensos a se contaminar", afirma o diretor do Sindisindi/RS, Leandro Dóro. Segundo ele, ao fechar os sindicatos também é necessário que as categorias atendidas tenham o mesmo tratamento e tomem medidas que restrinjam o convívio social.
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Foto MAURO PIMENTEL / AFP (AFP)